"Tenho apenas duas mãos, e o sentimento do mundo" (Carlos Drummond de Andrade)





quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Deu saudade...

De repente deu um aperto no peito. Sei lá, deu saudade. Não uma saudade ruim, mas sim uma saudade gostosa, daquelas que você chora rindo ao lembrar.
A menos de um ano era tudo tão diferente. Eu não tinha coleções de roupas, não tinha minha sapateira lotada e era contente só com um all star velho, não tinha perfumes caros, não tinha problemas, mas eu tinha o amor.
Sabe, pra mim ele é a coisa mais linda do mundo, era lindo ficar olhando pra ele, admirando seus traços, seus olhos, sua boca. Eu poderia viver o resto da minha vida daquele geito sem me cansar ou enjoar de olhar para ele.
Ele. Sempre cheiroso, daqueles que quando você abraça demora um tempão para o cheiro sair sabe? E te confesso, eu A-D-O-R-A-V-A ficar sentindo o cheiro dele o resto do dia. Era como se eles estivesse comigo, ali, de alguma forma. Eu era tão feliz. Eu já tive tanto amor, mas mudou, mudou de uma forma que eu não sei explicar.
De repente não era mais a mesma coisa. Não era mais o MEU menino cheiroso. Ele mudou, e se eu pudesse eu daria o meu sangue, daria a minha vida pra ele voltar a ser o que era. E não, não é exagero.
Ah, o meu anjo! Eu sinto tanto a falta daquele menino inocente. Sinto falta de quando me ligava de madrugada pra conversar, de quando você me abraçava forte como se eu fosse a única pessoa do mundo, de quando você falava "eu te amo" sem um pingo de esforço, de quando você falava que eu era a coisa mais linda desse mundo, de quando você não podia me ver chorar que entrava em pânico. De quando nós tínhamos esperança, a esperança que hoje nós não temos. Hoje em dia, mesmo juntos nós quase não nos vemos. Eu sei foi culpa minha. Você mudou... E eu não fiz questão de tentar te entender.
Só que de repente, deu saudade...

Nenhum comentário:

Postar um comentário